O agro segue mais contratando do que demitindo no Brasil. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor fechou o primeiro bimestre do ano com saldo de mais de 39 mil vagas de emprego.
O número referente à geração de emprego se dá na soma de janeiro e fevereiro. No primeiro mês de 2023, por exemplo, o segmento já havia registrado a abertura de 23.147 vagas. Divulgados na quarta-feira (29), os números de fevereiro indicam mais 16.284 novos postos de trabalho. Ou seja, saldo parcial no ano de 39.431 empregos gerados.
Em fevereiro, o setor agropecuário foi responsável, segundo o Caged, por 104.811 contratações. O saldo na casa dos 16 mil se deu diante das 88.527 demissões no período. Para o órgão, são agrupadas no agro as posições abertas nos segmentos de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.
Ainda em relação ao mês passado, apenas o Nordeste registrou mais demissões do que contratações no agro, com déficit de 368 posições. Por outro lado, as outras quatro regiões geográficas do país registraram números positivos no mercado de trabalho específico para o setor. A saber, foram os seguintes saldos:
- Sul = 6.215;
- Centro-Oeste = 4.329;
- Sudeste = 2.990;
- Norte = 544; e
- Região não identificada = 2.574.
Ainda em relação à movimentação do mercado de trabalho do agro no Brasil em fevereiro, o Caged aponta o salário médio dos contratados. De acordo com o órgão, os novos funcionários recebem vencimentos de R$ 1.773,44. Na conta só entra o trabalho formal, aquele sob o regime da CLT.
Vagas de emprego além do agro em fevereiro
O agro não foi, entretanto, o único grupo de atividade econômica a ter mais contratações que demissões ao decorrer de fevereiro. Longe disso, aliás. Segundo o Caged, o setor de serviços apareceu na primeira posição, com saldo de 164.200 vagas formais. Na sequência, ficaram indústria geral (40.380) e construção civil (22.246). O comércio foi o único a apresentar mais dispensas, com déficit de 1.325 mês.