fbpx
  • 28 de novembro de 2024 04:11 04:38

Apesar de queda, um em cada três brasileiros ainda precisa de renda extra para fechar as contas

Apesar de queda, um em cada três brasileiros ainda precisa de renda extra para fechar as contas 1Bicos e serviços sob demanda, como dirigir para aplicativos, auxiliam brasileiros a pagar as contas - Foto: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL
Bicos e serviços sob demanda, como dirigir para aplicativos, auxiliam brasileiros a pagar as contas – Foto: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Aproximadamente um em cada três brasileiros (31%, ou quase 52 milhões de pessoas) precisa de atividades de renda extra para fechar as contas no fim do mês. O patamar representa uma queda em relação ao ano passado, quando o índice estava em 45% (mais ou menos 91,3 milhões de pessoas).

É o que diz a Pesquisa Nacional sobre Desigualdades, desenvolvida pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) e divulgada nesta terça-feira (29).

O levantamento identificou a percepção da população brasileira sobre as variadas formas de desigualdade. Nesse sentido, os entrevistados foram questionados sobre a necessidade de fazer atividades extras — os chamados “bicos”.

Ao todo, foram entrevistadas 2.000 pessoas com pelo menos 16 anos, em 127 municípios. A pesquisa tem intervalo de confiança de 95%, e a margem de erro é de 3 p.p. (pontos percentuais), para mais ou para menos.

Além disso, foram abordados outros temas. Por exemplo, também houve desaceleração na sensação de aumento do número de pessoas em situação de fome e pobreza. Neste ano, 57% dos entrevistados mostraram esse sentimento. Em 2022, o índice era de 75%.

Origem do estudo

Os dados da pesquisa serão apresentados também no lançamento do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, nesta quarta-feira (30).

Trata-se de uma iniciativa de organizações sociais, associações de municípios, centrais sindicais, entidades de classe, instâncias governamentais do Executivo e Legislativo federal, estadual e municipal, bem como do Poder Judiciário.

O movimento alega que seu objetivo é “transformar o combate às desigualdades em prioridade nacional e promover um conjunto de ações que contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”.