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  • 20 de setembro de 2024 06:09 06:52

Bolsonaro demite ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta

ByRedação com R7

abr 16, 2020 #Brasil
Bolsonaro demite ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta 1Foto: Reprodução

Luiz Henrique Mandetta já não é mais o ministro da Saúde. A saída dele, em meio à pandemia do novo coronavírus, foi confirmada na tarde desta quinta-feira (16). O médico oncologista Nelson Teich assumirá a pasta.

A informação foi confirmada pelo próprio Mandetta, no Twitter.

“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”, escreveu.

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Foto: Reprodução

O agora ex-ministro se reuniu durante a tarde com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Os dois já vinham explicitando publicamente nas última semanas divergências na condução da pandemia.

Podem sair também, nos próximos dias, dois assessores próximos do ex-ministro: o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo, e o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira.

A última aparição pública da cúpula do Ministério da Saúde foi na quarta-feira (15), durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto. O secretário-executivo, João Gabbardo, e o secretário nacional de Vigilância em Saúde, também deixarão os cargos.

Na entrevista coletiva, Mandetta disse estar “cansado”, embora negue ter forçado a demissão.

No domingo, Mandetta concedeu uma entrevista em que afirmou que os brasileiros não sabiam se ouviam o ministro ou o presidente, o que criou um desconforto até mesmo entre os militares no governo, que defendiam a permanência dele.

O presidente Bolsonaro, que tem feito aparições públicas circulando entre cidadãos, defende que seja adotado um “isolamento vertical”, somente para idosos e pessoas que sejam consideradas pertencentes ao chamado grupo de risco.

A postura do presidente é contrária à adotada pelo até então ministro da Saúde, que recomendava a adoção das normas da OMS (Organização Mundial da Saúde) para a contenção do coronavírus.

As medidas incluem o fechamento de escolas e universidades, o distanciamento social no ambiente de trabalho e proibição de eventos com aglomeração.