A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 699/23, que institui o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert).
O objetivo é que a proposta beneficie a indústria de adubos a partir dos próximos meses e reduza os custos de produção, visto que o aumento da tensão no Oriente Médio levam o Brasil a aumentar as importações dos produtos.
De acordo com as Estatísticas de Comércio Exterio (Comex/Stat), de janeiro até a primeira quinzena de outubro, o país já comprou 35 milhões de toneladas de fertilizantes. Ao longo de todo o ano de 2023, este número foi de 40,9 milhões de toneladas.
Segundo o diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira, a tendência para 2024 é que o país supere a quantidade de adubo importada do ano passado e, também, ultrapasse o recorde de 2021 (41,55 milhões de toneladas), superando a marca de 42 milhões de toneladas.
Quanto à aquisição da matéria-prima, este ano o país já desembolsou US$ 10,84 bilhões. Em 2023, de janeiro a dezembro, a quantia foi de US$ 14,62 bilhões.
Ferreira atenta para o ano de 2022, quando a guerra entre Rússia e Ucrânia impactou diretamente na oferta de fertilizantes, levando os preços a atingirem a média de US$ 649 por tonelada. Em 2023, já era possível adquirir a tonelada a US$ 357. Neste ano, até o momento, o preço caiu ainda mais, chegando a US$ 309 por tonelada.
O diretor lembra que ao mesmo tempo em que a quantia desembolsada pelo adubo reduz, o Brasil necessita cada vez mais do produto, uma vez que deve aumentar a área produtiva de 79,6 milhões de hectares da safra 2023/24 para 81,5 milhões de hectares na temporada 2024/25.