A Polícia Federal prendeu em flagrante nesta quarta-feira (2) o candidato à Prefeitura de Coari, no Amazonas, Dr. Raione Cabral (Mobiliza), após ele fazer uma “chuva de dinheiro” para eleitores durante um comício. A prisão aconteceu em uma praça do município, como parte da Operação Eleições 2024, que busca coibir crimes eleitorais. O R7 entrou em contato com o candidato e aguarda resposta.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o candidato lançando cédulas de dinheiro para eleitores posicionados ao redor de sua equipe de campanha. As imagens também registram o tumulto causado por pessoas que tentavam pegar as notas jogadas por Raione. Segundo a Polícia Federal, o ato pode ser classificado como compra de votos.
De acordo com a corporação, o candidato poderá responder por crimes de corrupção eleitoral e ‘caixa dois’, com penas que podem somar até nove anos de prisão, além de multas.
Nas redes sociais, Raione justificou sua ação afirmando que o dinheiro lançado seria oriundo de compra de votos por candidatos opositores, e que sua intenção era “devolver o dinheiro à população”.
Investigações da Polícia Federal
Desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto, até 1º de outubro, a Polícia Federal abriu 2.161 inquéritos para investigar crimes eleitorais. Isso representa uma média de 50 inquéritos por dia envolvendo candidatos às prefeituras e câmaras municipais. O crime mais investigado tem a ver com declarações falsas nas prestações de contas eleitorais, popularmente conhecido como “caixa dois”. Nesse intervalo, foram abertos 629 inquéritos para apurar casos desse tipo.
O segundo crime mais investigado é a compra de votos, com 535 inquéritos. Em seguida, com 255 inquéritos, vem a corrupção, que envolve a apropriação de recursos destinados ao financiamento de campanhas.