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  • 21 de setembro de 2024 04:09 16:32

Com apoio da Câmara, prefeitura vai impedir que os trilhos da Rumo invadam bairros da cidade

Com apoio da Câmara, prefeitura vai impedir que os trilhos da Rumo invadam bairros da cidade 1

A Câmara de vereadores de Rondonópolis, cumpriu com o compromisso assumido pelo presidente Júnior Mendonça (PT), ao endossar a medida adotada pelo prefeito José Carlos do Pátio em revogar a Certidão de Uso e Ocupação de Solo da empresa Rumo Logística que insiste em manter o traçado da ferrovia a 40 metros da cidade, cortando alguns bairros como o Maria Amélia, Pedra 90, Vila Olinda e parte da Vila Operária, inclusive matando nascentes e degradando parques ecológicos, como o Escondidinho. Sendo que no caso do bairro Maria Amélia a situação é ainda mais grave, pois os trilhos passariam a cerca de 30 metros.

Ainda no final do mês de outubro quando a Câmara de Vereadores realizou uma audiência pública proposta pelo vereador Adonias Fernandes (MDB), para discutir com a sociedade a questão dos trilhos, o presidente Júnior Mendonça, foi enfático em afirmar que se houvesse insistência por parte da empresa Rumo, a Câmara Municipal, através dos 21 parlamentares deveria elaborar uma minuta de lei, proibindo de acordo com a Lei Orgânica do Município, que os trilhos passassem por dentro da cidade.

A revogação assinada na tarde de terça-feira (14) pelo prefeito José Carlos do Pátio com o apoio da Câmara e que deve ser judicializado imediatamente pela Procuradoria do Município se deu exatamente pela falta de respeito da empresa Rumo com o município e com os poderes constituídos.

Com cartazes, várias famílias moradoras dos bairros que poderiam ser afetados pela passagem dos trilhos, acompanharam a reunião de assinatura de embargo da obra, pedindo mais segurança principalmente para as crianças.

O presidente do bairro Maria Amélia, Michael Pereira, que é ex-ferroviário, disse que o mais acertado seria que os trilhos passassem a 40 quilômetros da cidade. “Posso citar vários pontos negativos com a proximidade dos trilhos, um deles é o perigo de acidentes, de descarrilamento que seria catastrófico”.

“Se for preciso vamos mudar a lei de zoneamento, ampliar a parte urbana do município, mas dentro da nossa cidade os trilhos não vão passar. Não vamos colocar em risco a segurança da nossa população em detrimento do enriquecimento da empresa em questão e de seus diretores. Precisamos preservar essas famílias e permitir que nossas crianças cresçam com segurança”, finalizou Júnior Mendonça.