O lance que deu origem ao episódio aconteceu aos 29 da segunda etapa – Foto: Pablo Morano
A polícia espanhola informou nesta terça-feira (23) que prendeu sete suspeitos de ataques racistas contra o brasileiro Vinícius Jr., jogador do Real Madrid.
Segundo informações da polícia, três pessoas — todas espanholas e com idades entre 18 e 21 anos — foram presas na cidade de Valência, no leste do país, por suspeita de serem os autores dos gritos racistas do último domingo (21), no estádio Mestalla, na partida do Real contra o Valência.
Além disso, a polícia prendeu mais quatro homens, em Madrid, com idades entre 19 e 24 anos, suspeitos de colocar, em janeiro, um boneco representando Vini Jr. enforcado numa ponte.
Na segunda-feira (22), o atleta publicou um vídeo nas redes sociais em que ressaltou não ter sido a primeira vez que foi alvo de racismo no campeonato espanhol e reuniu provas de que está sendo vítima constante dessas agressões.
Em um forte depoimento, o jogador brasileiro disse viver uma “surpresa desagradável” todas as vezes em que joga fora de casa pelo Campeonato Espanhol.
“Mas o discurso sempre cai em “casos isolados”, “um torcedor”. Não, não são casos isolados. São episódios contínuos espalhados por várias cidades da Espanha (e até em um programa de televisão)”, escreveu Vini.
Os ataques racistas contra o jogador brasileiro repercutiram fortemente em vários países e também no mundo do futebol. Vini Jr. recebeu o apoio de atletas como Neymar e Mbappé. O presidente Lula pediu punição aos racistas e o governo brasileiro notificou a LaLiga após os insultos racistas. O Real Madrid fez uma denúncia formal à Procuradoria Geral do Estado contra os crimes contra seu jogador. O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, foi outra autoridade que demonstrou apoio a Vinícius, assim com Gianni Infantino, presidente da Fifa.