Fenômeno mundial desde que estreou na Netflix, a série espanhola La Casa de Papel chega, nesta sexta (3), à sua quarta parte com muitas expectativas.
Em entrevista exclusiva ao R7, o elenco da série comentou como é ser tido como herói no mundo todo, mesmo interpretando ladrões de banco.
Para Alba Flores, a Nairóbi do seriado, esta é a grande sacada da série: colocar assaltantes fazendo algo heroico e que tem valor na sociedade. “Eu acredito que não são heróis nem vilões. Podem comportar-se bem ou comportar-se mal. Todos somos muito complexos”.
Já Pedro Alonso, o Berlim, acredita que, com personagens quebrados, a série demonstra uma urgência de toda a sociedade. “Todos temos a sensação de que o sistema nos oprime, nos fere, nos anula, e a série toca nesse ponto. Ela toca nesse ponto com personagens que seguramente estão desestruturadas emocionalmente, mas tem uma necessidade incontrolável de encontrar uma razão de não sustentar mais essa situação e buscar uma solução, se negando a aceitar e indo até o final com suas decisões.”
Com o sucesso da série vieram também as dublagens em diversas línguas ao redor do mundo. Alba comenta que as vezes acha estranho encontrar vozes que considera melhores que dela mesma para para Nairóbi. “Já aconteceu de eu ouvir uma dubladora e pensar: ‘Ai, essa voz era melhor…’. Melhor do que a minha para minha personagem!”
Enquanto Esther Acebo, que interpreta Mônica Gaztambide e, posteriormente, Estocolmo na série, conta que encontrou sua dubladora brasileira e ganhou até um presente dela. “Eu estive com a Mônica, a atriz brasileira que faz a voz da minha personagem e ela me deu um colar com o nome Mônica, pois ela e minha personagem tem o mesmo nome! Ela havia me mandado alguns vídeos e foi a primeira vez que “me escutei” em português. É divertido! É bonito e uma forma de abrir a série ao mundo também”.