Com a participação de diversas entidades representativas do movimento comunitário e do Comércio, além de moradores da localidade, uma audiência pública realizada na última semana, na Câmara Municipal de Rondonópolis, definiu saídas para combater o estrangulamento do fluxo de carros e motos em uma das principais vias de ligação entre diversos bairros e o centro da cidade, a Avenida Goiânia.
O debate, proposto pelo vereador Reginaldo Santos (SD), em parceria com Investigador Gerson (MDB) e Marildes Ferreira (PSB), apontou peculiaridades que justificam a preocupação emergencial com o trecho. “Números apresentados nos mostraram que a Goiânia é um dos três locais onde mais se ocorrem acidentes na cidade, isto devido a estas condições caóticas do trânsito”, elencou Reginaldo.
Diante do exposto de uma realidade de mais de 197 mil veículos emplacados na cidade, número que cresce ainda mais ao se agregar com visitantes que acessam Rondonópolis diariamente, um dos consensos do debate foi de uma exigência mais rigorosa de ações reparadoras por parte de empresários que instalam seus empreendimentos na região.
“É óbvio que todo novo empreendimento comercial é bem-vindo a nossa região, gera emprego, renda e fortalece nossa economia, porém é preciso ter ações mais efetivas no trânsito por parte do poder público e das empresas. Temos uma previsão da chegada de um hiper mercado e uma unidade de ensino superior, que devem ser instaladas na Avenida Goiânia, consequentemente deverá aumentar ainda mais a circulação de veículos e pedestres por esta via. Ao meu ver e pensando na lei polo gerador de tráfego, sendo obrigatoriedade das empresas que vão se instalar fazer investimento no trânsito, temos que apresentar a estas planos e ações eficazes já pensando no impacto que poderá ser causado, com objetivo de diminuir os possíveis passíveis que elas vão deixar no trânsito local, sendo que o nosso objetivo principal e preservar vidas”, elencou o vereador Investigador Gerson.
Marildes citou que números da Secretaria de Transporte e Trânsito do Município – Setrat apontaram que o fluxo do bairro para centro chega a ser três vezes maior que o caminho contrário, que por sua vez é canalizado pela José Barriga, Dom Pedro II e outras opções. O dado pode ajudar na tomada de decisão, segundo a vereadora. “Nesta audiência ouvimos os envolvidos, recolhemos os principais clamores populares de quem vivencia essa situação todo dia e vamos repassar isso ao Município para que, aportado em estudos técnicos ainda mais aprofundados, possa agir rapidamente para garantir o conforto e a segurança das pessoas. O papel do Poder Público é observar o comportamento popular, agindo apenas pra facilitar e proteger a vida do cidadão”, reforçou a vereadora.
Reginaldo citou que foram elencadas ainda questões pontuais, como a instalação de uma rotatória no entroncamento de acesso à Unidade de Pronto Atendimento – UPA, bem como redutores de velocidade, faixas elevadas e até a sugestão de estacionamento apenas de um lado da via. “Eu acredito que há margem na Goiânia para um alargamento desta importante avenida, promovendo um processo de desapropriação que permitiria uma reprogramação do trânsito por ali. Observando o fluxo, a opção de mão única foi descartada, pelo menos em curto e médio prazo, mas existem sim saídas importantes, todas elas trazidas à tona nesta audiência. Creio que o legislativo deu mais uma parcela de contribuição para a solução dessa demanda, que já se arrasta há muitos anos, nos preocupando muito. Esse encontro fica como um marco e vejo que nos aproximamos de ter, muito em breve, uma plano de desenvolvimento bem feito na Goiânia, onde o crescimento econômico e qualidade de vida da população andem de mãos dadas. Vamos lutar por isso em cada uma das regiões de nossa cidade”, acrescentou Reginaldo.