Uma idosa acordou dentro do caixão após cinco horas de vigília e agora permanece em um hospital estadual no Equador, no qual havia sido declarada morta, informou um dos filhos dela neste domingo (11).
Em um vídeo divulgado no Twitter, é possível ver Bella Montoya, de 76 anos, em seu caixão já aberto e respirando com dificuldade após o confinamento prolongado, enquanto dois homens a auxiliam.
Com a “mão esquerda ela bateu no caixão, e a mão dela latejava”, disse o filho, Gilbert Balberán, que, na sexta-feira (10), teve de administrar a doação da caixa funerária, por falta de dinheiro.
“Eles nos deram até um atestado de óbito”, contou Balberán em um vídeo divulgado na mídia local. A imprensa ecoou a inusitada notícia com manchetes que celebravam a “volta à vida” da idosa.
“Minha mãe está no oxigênio. O coração dela está estável. O médico apertou a mão dela, e ela reagiu. Eles me dizem que isso é bom, porque significa que ela está reagindo aos poucos”, acrescentou o homem em declarações publicadas pelo jornal El Universo.
Na sexta-feira (9), Bella havia sido declarada morta no sanatório público Martín Icaza, na cidade costeira de Babahoyo.
A mulher deu entrada no hospital “com um diagnóstico presumível de acidente vascular cerebral e teve uma parada cardiorrespiratória sem responder às manobras de reanimação. Em razão disso, o médico de serviço confirmou sua morte”, admitiu o Ministério da Saúde, em comunicado, no domingo.
“Pouco a pouco estou assimilando o que aconteceu. Agora só peço que a saúde de minha mãe melhore. Quero ela viva, e ao meu lado”, disse Balberán, que visitou a mulher no domingo na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
A pasta acrescentou que “para analisar este caso em profundidade” formou uma comissão técnica nacional e que “vai iniciar uma auditoria médica para apurar responsabilidades face à suposta confirmação da morte”.
A idosa, que teria sofrido uma catalepsia, segundo a imprensa local, está entubada e recebeu um diagnóstico reservado na UTI do hospital, informou o ministério, que acrescentou que vai “supervisionar” os cuidados com a paciente.