Ele se recusou a permitir que os jogadores do Corinthians possam fazer exames para detectar o coronavírus antes dos dois jogos contra o Palmeiras.
O dirigente queria encontrar algo que incendiasse o jogo.
Para instigar, provocar ainda mais seus atletas.
Mostrar que estão no Corinthians e o clube não se submete a ninguém.
Algo inacreditável.
A desculpa de Andrés Sanchez é que os jogadores corintianos ficaram confinados no Centro de Treinamento Joaquim Grava, assim que o futebol voltou, depois de quatro meses de paralisação pela pandemia.
Só que, depois do último exame dos corintianos, houve as partidas contra o Red Bull Bragantino e o Mirassol. Os jogadores tiveram contato com os adversários, discutiram, gritaram e ouviram gritos.
Evidente que deveriam fazer novos testes até os confrontos com o Palmeiras.
Mas Andrés disse que o Corinthians não fará.
Porque o Palmeiras não seguiu o protocolo da Federação Paulista de Futebol, que recomendava o confinamento dos atletas, desde a volta do campeonato até o final.
Realmente, o clube liberou seus atletas após os jogos.
O presidente Mauricio Galiotte está revoltado.
Diz que seus jogadores farão os testes amanhã e sexta, véspera dos jogos.
“A Federação não pediu para o Corinthians refazer os testes. Sabem pq? Pq cumprimos TODOS os protocolos. Falem com quem descumpriu”, ironizou Andrés, sabendo que colocou fogo na decisão.
Mas de uma maneira perigosa para a vida dos envolvidos na partida.
A cúpula da Federação Paulista se omite.
Repassa ao médico Moisés Cohen determinar a obrigatoriedade ou não dos exames nas vésperas dos jogos finais do Paulista.
André repete que não há nada no regulamento que obrigue seus atletas a fazerem os exames.
Seria uma questão de bom senso.
Como também do Palmeiras não ter liberado os atletas após seus jogos no Paulista.
A questão é delicada.
E vai além da rivalidade.
Não permitir atletas de fazer exames para descobrir se estão contaminados pelo coronavírus é algo inacreditável.
Mas tudo é possível no Corinthians e Palmeiras.
Cabe à FPF ter força para se impor.
E fazer valer o respeito à vida.