Após a pandemia da covid-19, a atenção de todos agora tem se dirigido para outra doença: a varíola dos macacos. A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso confirmou dois casos positivos em Cuiabá. Outros seis são investigados em Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop.
O infectologista Thiago Rodrigues, afirmou que o risco da varíola é menor que o da covid-19, mas idosos e crianças devem ter mais cuidado.
“O potencial de gravidade ou mortalidade é pequeno, até mesmo a necessidade de internação é muito menor que na covid-19. Os riscos são maiores para pessoas imunossuprimidas, idosos e crianças. Esses têm maiores chances de ter forma grave ou morte”, disse.
Ainda conforme o infectologista, o principal sintoma é o surgimento de pequenas bolhas na pele, em pouco tempo. “As bolhas podem acontecer em qualquer região do corpo, inclusive na genitália e mucosa oral, de forma localizada ou disseminada. Pode ser seguido de febre, dores no corpo, dor de cabeça, fraqueza e ínguas”, explicou.
“A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. A transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos”, detalhou.
Um “pânico” que vem se criando sobre a doença é que ela seja transmitida sexualmente. Para o doutor, ‘deixar de transar’ não vai acontecer, mas é preciso atenção. “Devemos orientar as pessoas a tentar conhecer seus parceiros sexuais, saber se os mesmos apresentaram sintomas ou se relacionaram-se com alguém recentemente com sintomas. Deve-se ter esse cuidado”, alertou.
Por fim, o infectologista afirmou que acredita que não há risco de mais um “lockdown” por conta da varíola dos macacos. “Acredito ser menor esse potencial que na covid-19, tendo em vista a forma de transmissão, que exige um contato mais próximo, as complicações e necessidades de internação serem bem menores”, concluiu.
Fonte : Repórter MT