O INCC-M (Índice Nacional de Custos da Construção), principal índice usado para reajustar os financiamentos imobiliários, perdeu ritmo e marcou 1,29% em novembro, contra 1,69% em outubro, informou nesta quarta-feira (25) a FGV (Fundação Getulio Vargas).
Com o resultado, o índice acumula alta de 7,71% no ano e de 7,86% em 12 meses. Isso significa que quem comprou um apartamento na planta em novembro de 2019 teve o saldo devedor reajustado em quase 8% agora. No entanto, vale lembrar que, nesses 12 meses, o tomador de crédito pagou parcelas e parte da dívida com o banco.
Quando o comprador financia um imóvel na planta, não apenas compra, mas também financia a construção desse empreendimento. Essa construção está sujeita à variação do custo dos materiais utilizados e, por isso, o INCC é usado para reajustar o saldo devedor durante essa fase.
A desaceleração da inflação da construção civil se deu, principalmente, pela perda de ritmo no grupo Materiais e Equipamentos, que marcou 2,85% neste mês, contra 4,12% de outubro.
Vale ressaltar o desempenho de materiais para estrutura, que foi de 4,45% em outubro, para 3,22% em novembro, além de materiais para instalação, que apresentou uma desaceleração considerável, indo de 7,55% no mês anterior, para 2,79% neste mês.
Seis capitais brasileiras contribuíram para a perda de ritmo da inflação da construção civil, sendo elas Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.
Por outro lado, o INCC em Porto Alegre acelerou neste mês. Em outubro, índice marcava 1,24%, já em novembro ficou em 2,48%.