A ordem de prisão preventiva foi deferida pelo desembargador Marcos Machado atendendo ao pedido formulado pelo coordenador do Naco, procurador de Justiça Domingos Sávio de Barros Arruda, com base nas provas colhidas em inquérito policial que apura suposto crime de corrupção cometido pelo prefeito e, também, pela ex-secretária de Saúde do município.
Segundo apuração, ambos receberam propina do empresário N.M.J. em contrato celebrado entre a empresa F.M. da S. Santos com a prefeitura de Rondolândia, visando ao fornecimento de serviços de plantão médico. O empresário estaria pagando aos médicos vinculados à empresa um valor menor do que o previsto no contrato e a diferença era repassada ao prefeito e à ex-secretária de Saúde.
No mês de agosto, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão, policiais do Naco e do Gaeco apreenderam com o empresário uma agenda e anotações constando a “contabilidade” da propina que era paga, bem como comprovantes de depósitos feitos em contas correntes de terceiros indicados pelo prefeito e pela ex-secretária.
Conforme o delegado Rodrigo Azem, depois da apreensão do material, o empresário resolveu confessar o esquema criminoso. “Ele não teve como negar que pagava a propina desde o início do contrato que foi firmado entre a empresa dele e a prefeitura, embora, muita coisa ele deixou de revelar, porém, estamos apurando tudo”, afirmou.
Na ocasião em que os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, segundo ele, o prefeito Agnaldo Rodrigues de Carvalho fugiu ao perceber a movimentação dos policiais em Rondolândia. Na sua casa foram apreendidas também armas e munições irregulares.
De acordo com a ordem judicial, a prisão preventiva ocorrida nesta quarta feira busca garantir a ordem pública, evitar a reiteração criminosa, assegurar a aplicação da lei penal e, também, por conveniência da instrução criminal.
Segundo o coordenador do Naco, procurador de Justiça Domingos Sávio de Barros Arruda, o inquérito policial deverá ser encerrado com a prisão e o interrogatório do prefeito e de outras pessoas envolvidas no esquema. Depois disso, no prazo máximo de 15 dias, será apresentada a denúncia criminal contra os envolvidos perante o Tribunal de Justiça.
Com informações da Assessoria de Comunicação/MPE-MT