Foi um jogão na Vila Belmiro! Principalmente no primeiro tempo. Com direito a expulsão de goleiro e falha do experiente Victor, o Santos venceu o Atlético-MG por 3 a 1 na noite desta quarta-feira (9) na Vila Belmiro e se aproximou dos líderes do Brasileirão.
A vitória, que deixa o Peixe com 14 pontos, foi ainda mais especial por ter sido sobre Jorge Sampaoli, ex-técnico da equipe e que deixou o clube no final do ano passado “em guerra” contra a direção.
O Atlético, atual time do argentino, segue com 15 pontos, e perdeu a chance de assumir a liderança do torneio.
Na próxima rodada, no final de semana, enquanto o Santos tem pela frente um clássico com o São Paulo, a equipe mineira recebe o Red Bull Bragantino.
Galo ‘on fire’
O Atlético-MG iniciou a partida encurralando o Santos no seu campo de ataque, tanto que Cuca fez a primeira, de muitas, variações táticas, logo nos primeiros minutos da partida, colocando Lucas Braga que, em tese, foi escalado como centroavante, para dobrar a marcação na lateral-direita.
Enquanto isso, o Galo seguia pressionando e o Peixe contando mais uma vez com as boas defesas do goleiro João Paulo.
Cochilou, perdeu
No primeiro descuido do time mineiro, o Santos usou do seu principal trunfo para ficar com um a mais em campo. Com Lucas Braga na lateral, Marinho e Soteldo fecharam no ataque e o camisa 11 disparou no primeiro contra-ataque, sendo derrubado pelo goleiro Rafael, último homem atleticano, na intermediária ofensiva. O arqueiro atleticano foi expulso aos 19 minutos do primeiro tempo.
Dedo de Cuca
Cinco minutos após ficar com um a mais, o Alvinegro Praiano abriu o placar com Arthur Gomes, aposta do técnico santista atuando pelo meio. O jogador apareceu como elemento surpresa pelo lado esquerdo e bateu entre as pernas do goleiro Victor, que entrou após a expulsão de Rafael, após passe de Soteldo.
O presságio da loucura
Para combater as “loucuras” de Sampaoli, Cuca também ousou ser “louco”. O time variava taticamente o jogo inteiro. Lucas Braga foi de centroavante a lateral-direito, Sánchez de segundo volante a falso nove, Madson de lateral a zagueiro, tudo isso nos primeiros 45 minutos.
Contudo, a única “insanidade” altamente contestada do técnico do Peixe foi a escalação do volante Jobson como volante. Sem três zagueiros e Alison, que é comumente utilizado no setor, o treinador santista tinha apenas dois canhotos à disposição e para não deixar a zaga “torta”, optou por recuar o meio-campista para a primeira linha defensiva, mesmo ele não tendo a marcação como grande qualidade.
Contudo, aos 34 minutos da etapa inicial, o camisa 8, que não comprometia defensivamente, cochilou em seu fundamento de maior qualidade, errando o passe na saída de bola e gerando um contra-ataque para o Galo, aproveitado por Alan Franco.
Efeito lateral
Cinco minutos após sofrer o empate, o Santos respondeu com o segundo gol em uma jogada de linha de fundo, pela lateral-direita.
Nos últimos jogos têm sido comum o camisa 11 trabalhar as descidas ofensivas de Pará, que foi preservado fisicamente e ficou apenas no banco nesta quarta-feira. No entanto, aos 39 minutos do primeiro tempo, o substituto do camisa 4, Madson, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para Marinho, que geralmente é ponta direita, mas atuou como centroavante na etapa inicial, empurrar para o fundo do gol.
Galo diminui a pressão
No segundo tempo, o Santos voltou melhor. Controlando a bola no meio-campo e fazendo valer a superioridade numérica. Enquanto isso, o Atlético-MG perdeu a imposição física, fundamental para os bons primeiros 20 minutos.
Com o desgaste do início de jogo e o fato de jogar com um homem a menos, o Galo não conseguiu ter amplitude ofensiva que apresentou no primeiro tempo.
Treta na TL
Aos 30 minutos do segundo tempo, o clima do banco de reservas esquentou. Primeiramente com o árbitro carioca, Wagner do Nascimento Magalhães, dando uma bronca em alto e bom espanhol ao técnico Jorge Sampaoli. “No hablo más com usted”, disse o dono do apito antes de amarelar o técnico atleticano.
Minutos depois, o preparador físico do Galo e o de goleiros do Santos, Pablo Fernandez e Arzul, respectivamente, foram expulsos, após trocarem farpas. Fernandez deixou o campo muito irritado e teve que ser contido por Cuca. O goleiro reserva do Peixe, John, também provocou a comissão técnica argentina, enquanto aquecia próximo à linha de fundo.
Golpe de misericórdia
No último minuto de jogo, o Santos garantiu o resultado após ter um pênalti ao seu favor, confirmado pela arbitragem de vídeo. Marinho converteu e marcou o seu segundo tento na partida.