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  • 28 de novembro de 2024 02:11 02:27

Ministério da Agricultura confirma caso de gripe aviária no Paraná

Ministério da Agricultura confirma caso de gripe aviária no Paraná 1

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) divulgou uma nota neste sábado (24) informando a detecção do primeiro caso de Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma ave silvestre na cidade de Antonina, localizada no litoral do estado.

A infecção pelo vírus da gripe aviária em aves silvestres não afeta o status sanitário do Paraná e do Brasil como áreas livres de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Portanto, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas e não há risco associado ao consumo de carne e ovos, uma vez que a doença não é transmitida por meio do consumo.

O diagnóstico foi confirmado na sexta-feira (23).

Segundo a nota da Adapar, o vírus foi identificado em uma ave silvestre da espécie trinta-réis-real (Thalasseus maximus).

As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE como referência internacional em diagnóstico de gripe aviária.

Foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo o estado, especialmente nas regiões relacionadas a esse caso.

Dependendo do avanço das investigações e do cenário epidemiológico, a Adapar poderá adotar novas medidas para evitar a disseminação da doença e proteger a avicultura paranaense.

Não há propriedades de produção comercial em um raio de 10 quilômetros do local onde o caso foi identificado em Antonina.

O litoral do Paraná não possui uma produção avícola comercial expressiva e está distante de áreas com produção intensiva. Outras investigações em aves silvestres estão em andamento no estado.

A Adapar atende a 100% das notificações de suspeita e, quando há um caso provável, são realizados procedimentos de colheita de amostras para diagnóstico laboratorial, isolamento de animais, interdição da propriedade, verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.

A Agência também capacitou e treinou profissionais em todas as Unidades Regionais do estado, contando com médicos veterinários dedicados exclusivamente e com alto nível de capacidade técnica na área.

Cuidados

É crucial a detecção precoce e a notificação imediata de suspeitas da doença como primeira linha de defesa contra a gripe aviária, a fim de permitir uma resposta rápida e evitar a disseminação. Os produtores e a população devem ficar atentos aos sinais apresentados pelas aves infectadas pelo vírus da gripe aviária.

Por precaução de contágio, não se deve manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença. Todas as suspeitas de gripe aviária, incluindo sinais respiratórios, neurológicos ou alta mortalidade súbita em aves, devem ser imediatamente notificadas à Adapar pessoalmente nas unidades locais ou por meio do site www.adapar.pr.gov.br, utilizando a plataforma e-Sisbravet.

Os proprietários de aviários devem reforçar as medidas de segurança, fechando todas as frestas para evitar o contato de aves comerciais com animais externos, incluindo aves silvestres. Além disso, é importante restringir o acesso de pessoas não autorizadas às instalações e garantir que aquelas que necessitam entrar em contato com as aves utilizem roupas e calçados específicos para essa atividade. Essas medidas também se aplicam aos produtores de ovos. É fundamental manter a higiene das mãos e trocar roupas e calçados antes de acessar as granjas.

Gripe aviária no Brasil

A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, causando sérias consequências para a saúde animal, economia e meio ambiente.

A gripe aviária de alta patogenicidade é caracterizada por alta mortalidade nas aves, acompanhada de sinais clínicos neurológicos, digestivos e/ou respiratórios, como dificuldade de locomoção, torcicolo, dificuldade respiratória e diarreia.

Até o momento, a gripe aviária de Alta Patogenicidade foi identificada em aves silvestres nos seguintes estados: Espírito Santo (26 casos), Rio de Janeiro (13 casos), Rio Grande do Sul (1 caso), São Paulo (3 casos), Bahia (2 casos) e Paraná (1 caso), totalizando 46 casos em todo o país.