O Paris Saint-Germain está pela primeira vez na final da Champions League. Grande arquiteto da construção de um time poderoso na França, Neymar não marcou o seu gol, mas comandou a vitória desta terça-feira (18) por 3 a 0, no Estádio da Luz, em Lisboa, sobre o só esforçado RB Leipzig. A equipe agora espera o vencedor do duelo entre Lyon e Bayern de Munique para saber quem enfrenta na grande decisão.
Lyon e Bayern decidirão o último finalista nesta quinta, no Estádio José Alvalade, também na capital portuguesa, onde é disputada a fase final do torneio marcado pela pandemia do novo coronavírus. A final da principal competição europeia de clubes acontecerá no domingo (23), às 16 horas (de Brasília).
A classificação do PSG é também o passaporte para a disputa de Melhor Jogador do Mundo eleito pela Fifa. Apesar de haver um quê de protecionismo na premiação do The Best, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi nem de longe justificaram sequer uma indicação. As maiores ameaças ao brasileiro estão justamente no outro lado da chave: Robert Lewandowski e Thomas Müller, ambos do Bayern, podem aparecer na disputa.
O mais perto que o PSG havia chegado de uma decisão de Champions havia sido em 1995, quando caiu na semifinal para o Milan. Para se ter uma ideia, outro astro do time ao lado de Neymar, Mbappé sequer era nascido nessa época. De lá pra cá, os triunfos e negócios do time parisiense tiveram forte envolvimento dos petrodólares do Qatar, país que será sede da Copa 2022. A partida contra o Leipzig foi a prova de que valeu a pena o dinheiro investido.
O esquema defensivo armado pelo técnico Julian Nagelsmann foi por água abaixo ainda no primeiro tempo. Aos 12 minutos, Di María cobrou uma falta na intermediária, e Marquinhos subiu mais do que todo mundo para desviar de cabeça e abrir o placar. Aos 41, para piorar, o time alemão ainda errou a saída de bola e Di María aproveitou passe de Neymar para ampliar.
Mas o que já estava difícil para a jovem equipe alemã, fundada há 11 anos (o PSG, com 50 anos, também é novo no futebol) e administrada pela energética Red Bull, piorou no segundo tempo. Aos 10 minutos, Bernat aproveitou bobeada da zaga adversária e marcou o terceiro. Já nos minutos finais, os alemães bem que tentaram, mas não ofereceram perigo a Sergio Rico, que substituiu o titular Keylor Navas.
Se o PSG busca seu inédito título, Neymar vai de moicano, óculos na testa e caixa de som para a sua segunda final de Champions. O brasileiro conquistou o título com o Barcelona em 2015.