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  • 28 de novembro de 2024 10:11 10:44

Oito em cada dez internações por complicação respiratória no Brasil são causadas pela Covid, diz Fiocruz

Oito em cada dez internações por complicação respiratória no Brasil são causadas pela Covid, diz Fiocruz 1

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) divulgou nesta quinta-feira (22) dados atualizados das internações por Srag (síndrome respiratória aguda grave) no país que mostram a predominância da Covid-19.

Segundo o boletim InfoGripe, de todas as internações por complicação respiratória ocorridas entre 11 e 17 de dezembro, 80,2% eram de pessoas com Covid-19.

O restante se dividia entre vírus sincicial respiratório (8,3%), que atinge majoritariamente bebês e crianças; influenza A (1,7%); e influenza B (0,7%).

Um padrão semelhante foi observado em relação aos casos que evoluíram para óbito no período.

O vírus sincicial respiratório “mantém presença expressiva nas crianças de zero a quatro anos, além de apresentar retomada do crescimento nesse público nos três estados da região Sul e no DF”, diz o boletim.

Dados do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) mostram que nesta quarta-feira (21) a média móvel de novos casos de Covid-19 no país era 41.861 por dia, o patamar mais elevado desde meados de julho deste ano.

Já a média móvel diária de mortes causadas pela doença atingiu 145, o número mais alto desde o fim de agosto.

Apesar de os números serem semelhantes aos observados na metade do ano — quando a onda não foi considerada tão significativa —, especialistas temem que as reuniões sociais e viagens de fim de ano possam aumentar a quantidade de pessoas infectadas.

O coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes, recomenda a manutenção das medidas preventivas individuais “especialmente para pessoas com maior risco de desenvolver casos graves”.

Entre as orientações está o uso de máscara em locais com aglomeração de pessoas, incluindo o transporte público.

Cabe ressaltar ainda que as principais vítimas de internação e óbito por Covid-19 neste ano vêm sendo idosos e indivíduos com alguma imunossupressão, mas também há casos de pessoas entre 31 e 40 anos que estão evoluindo mal, especialmente devido ao esquema vacinal incompleto.