Marcus Mion, pai de autista – Foto: Reprodução
O apresentador Marcus Mion, do Caldeirão com Mion, da Rede Globo, não gostou nada da fala do presidente Lula sobre pessoas com deficiência mental. O presidente citou números, que seriam da Organização Mundial da Saúde, dizendo que 15% da população mundial sofre de algum problema de deficiência mental. Lula, então, deduziu que, no Brasil, são 30 milhões de pessoas com problema de “desequilíbrio de parafuso”, disse.
“Ele se refere dizendo que elas tem um problema de parafuso? Isso não só é muito pejorativo como incentiva que as pessoas continuem usando esses termos”, criticou o apresentador.
Mion, que é pai de um jovem autista, ficou indignado e postou vídeo na Internet.”Como pai de um autista [o jovem Romeo Mion] eu me sinto atingido”.
Pior de tudo é que a fala liga deficiência aos ataques e ameaças ocorridos em escolas e violência de um modo geral. “…E por fim, irresponsavelmente, a fala dele liga deficientes intelectuais diretamente aos casos de violência que, infelizmente, a gente tem visto acontecer por todo o País e isso é um absurdo”, revoltou-se.
Lei Romeo Mion
O projeto 2.573/2019 foi escrito pela deputada Rejane Dias e aprovado no Senado em dezembro de 2019. O então presidente Jair Bolsonaro, sancionou em janeiro de 2020. A lei estabelece a emissão de uma Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A CipTEA em sua versão abreviada – ou seja, garante a todos aqueles com o diagnóstico de autismo um documento que possa ser apresentado para informar a condição do indivíduo.
Além da documentação que facilita a identificação de uma pessoa no espectro autista, a Lei Romeo Mion ainda oferece outros benefícios aos usuários.
Alguns deles são: Atenção integral; Pronto atendimento e prioridade no atendimento e acesso aos serviços públicos e privados (em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social).
Veja o vídeo