• 21 de abril de 2025 10:09

Pele humana impressa em 3D? Novo avanço pode substituir animais nos testes de cosméticos

Pele humana impressa em 3D? Novo avanço pode substituir animais nos testes de cosméticos 1Foto: Manisha Sonthalia/Instituto de Tecnologia Vellore

Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Graz, na Áustria, e do Instituto de Tecnologia de Vellore, na Índia, estão desenvolvendo um modelo de pele humana produzido por impressão 3D. A tecnologia combina hidrogéis e células vivas e busca criar uma alternativa aos testes convencionais de segurança de cosméticos.

Segundo Karin Stana Kleinschek, pesquisadora da TU Graz, o projeto está avançando para validar os modelos como alternativas aos testes em animais.

O objetivo do grupo é produzir modelos de pele compostos por três camadas, replicando a estrutura e o comportamento biomecânico do tecido cutâneo humano. Esses modelos são formados a partir de hidrogéis (materiais com alto teor de água) que são combinados com células da pele humana.

As células devem não apenas sobreviver no ambiente criado, mas também se multiplicar e formar um tecido funcional.

As formulações de hidrogel foram desenvolvidas pela TU Graz e ajustadas para permitir a impressão 3D com estabilidade mecânica e compatibilidade celular. Para garantir que os modelos sejam viáveis, a equipe trabalha com métodos de reticulação que promovem a estabilização dos materiais sem o uso de agentes químicos tóxicos às células.

Os testes iniciais indicam que os hidrogéis estabilizados são adequados para culturas celulares. Os modelos impressos em 3D apresentaram boa resistência mecânica e não demonstraram citotoxicidade. Após esse resultado, os pesquisadores iniciaram a próxima fase: o uso desses modelos para testar a penetração e os efeitos de nanopartículas utilizadas em cosméticos.

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