A poupança registrou a maior perda mensal de sua história em janeiro, segundo dados do BC (Banco Central) divulgados nesta segunda-feira (6). Os saques superaram os depósitos em R$ 33,63 bilhões. Em apenas um mês, a poupança perdeu quase o equivalente a todo o ano de 2021, que teve saldo negativo de R$ 35,50 bilhões.
A aplicação recebeu R$ 300,78 milhões em depósitos em janeiro, mês em que as retiradas feitas pelos clientes totalizaram R$ 334,41 milhões.
Em dez dos 12 meses de 2022, a caderneta também teve perdas de recursos, tendo fechado o ano no vermelho, com mais saques que depósitos e saldo devedor de R$ 103,23 bilhões. Foi a pior captação negativa da série histórica da aplicação, iniciada em 1995. Até então, a maior perda anual da poupança, de R$ 53,6 bilhões, havia ocorrido em 2015.
No ano passado, a poupança recebeu R$ 3,632 trilhões em depósitos, enquanto R$ 3,755 trilhões foram retirados. Com os saques maiores do que as aplicações, a caderneta terminou o ano com saldo de R$ 998,9 bilhões, o menor desde 2019 (R$ 845,5 bilhões).