A Prefeitura de Rondonópolis não tem medido esforços para garantir acesso à saúde da população e para isso tem assumidos responsabilidades que, por lei, não são suas. O município tem investido recursos próprios, por exemplo, na realização de cirurgias de alta complexidade, como é o caso da ortopedia e de outras especialidades.
Essa falta de atendimento por conta do Estado tem preocupado o prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio que ressaltou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (25) que tem se sensibilizado com as questões de saúde das pessoas e, mesmo não sendo de sua responsabilidade, tem dado os encaminhamentos para garantir qualidade de vida para as pessoas.
Pátio citou como exemplo que o Estado, por meio do Hospital Regional Irmã Elza Geovanella, tem deixado de atender pacientes com aneurismas e que não podem esperar na fila de cirurgias, pois até correm risco de morte. “O Regional tem que abrir as portas para atender casos de aneurismas. O Estado não está cumprindo com o papel com a alta complexidade”, destaca.
O prefeito comentou que está fazendo o possível para atender as demandas, mesmo não sendo de sua responsabilidade, como o caso de pacientes que precisam passar por procedimentos especializados de ortopedia. Das 16 pessoas que estão aguardando, o município está bancando, por meio de convênio com um hospital de Cuiabá, a cirurgia de oito desses pacientes. “Eu não posso deixar as pessoas sofrendo. Tenho feito muito além da minha parte e não vejo o Estado ajudar”, disse.
Outro fator citado pelo prefeito, é em relação ao valor repassado pelo Estado ao Consórcio Regional de Saúde do Sul de Mato Grosso. Segundo Pátio, a contrapartida que o Estado tem feito pelos serviços representa pouco mais de 20% de todo o custo, a maior está sendo custeada pelos municípios que em sua maioria são pequenos e não dispõe de recursos suficientes.