Há quatro semanas, as projeções sinalizavam para um avanço de 5,95% do IPCA – Foto: Reprodução
A perda de fôlego da inflação no mês de março não impediu que os analistas consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) aumentassem para 6,01% a expectativa de avanço dos preços neste ano. Em março, a alta de 0,71% dos preços ficou abaixo das projeções.
A expectativa apresentada nesta segunda-feira (17) é 0,03 ponto percentual superior à da semana passada. Há quatro semanas, as projeções sinalizavam para um avanço de 5,95% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ao final de 2023.
No acumulado de 12 meses encerrados em março, o índice voltou para o intervalo da meta. A nova projeção, no entanto, segue acima do teto estabelecido pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).
O último RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do BC prevê alta de 5,8% do IPCA neste ano. De acordo com o documento, a probabilidade de a alta furar o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) pelo terceiro ano seguido passou de 57% para 83%.
Para este mês de abril, a previsão de alta dos preços recuou de 0,59% para 0,57%. Já em maio e junho, os analistas preveem avanços de 0,4% do índice oficial de preços em ambos os meses, altas maiores do que as previstas na semana passada.
Para 2024, a expectativa para o índice oficial de preços do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) subiu de 4,14% para 4,18%. Já as taxas para 2025 e 2026 permaneceram estáveis, em 4% para ambos os anos.
Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar recuou R$ 5,24. Para os preços administrados, como energia e combustíveis e planos de saúde, a expectativa subiu pela 20ª semana seguida e passou para uma alta de 10,2% neste ano.