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  • 20 de setembro de 2024 12:09 12:42

Protesto de fazendeiros contra medidas ambientais leva centenas de tratores às ruas

Protesto de fazendeiros contra medidas ambientais leva centenas de tratores às ruas 1

Ao menos 1,2 mil fazendeiros com 500 tratores participaram de um protesto na capital da Bélgica, em Bruxelas, na manhã desta terça-feira (4).

A manifestação foi contra a política agrícola da União Europeia e organizado pela entidade holandesa “Farmers Defence Force” (Força de Defesa dos Agricultores, em tradução livre).

O evento acontece dois dias antes do início das eleições para o Parlamento Europeu – marcado para acontecer entre 6 e 9 de junho – e levou a seguinte mensagem de repúdio: “Não a Ursula von der Leyen e não ao Acordo Verde”. Ursula é a atual presidente da Comissão Europeia.

Contudo, segundo a polícia de Bruxelas, a participação foi muito menor do que os 5 mil veículos esperados pela associação. Não houve registro de conflitos entre os manifestantes e as forças de segurança.

Protesto contra acordos ambientais

Na manifestação, centenas de tratores holandeses cruzaram a fronteira belga em uma procissão de mais de oito quilômetros, decorados com bandeiras nacionais e faixas contrárias aos acordos ambientais que estão em pauta na União Europeia.

Na ocasião, os produtores italianos Salvatore Fais e Guido Marini criticaram o bloco por acusar os agricultores de “poluir a terra, os céus e as cidades”, impondo a produção reduzida, concorrência desleal e a integração forçada na Europa.

Fais concluiu com um apelo à união: “Agricultores europeus, só juntos podemos mudar nosso destino, unidos venceremos”.

Manifestação rejeitada
Apesar disso, o protesto foi rejeitado pelos principais grupos agrícolas do continente, que disseram que a manifestação não refletia as preocupações de seus membros.

O evento desta terça-feira é a mais recente movimentação de uma onda de protestos de agricultores que já dura meses em toda a Europa. Por lá, trabalhadores agrícolas têm denunciado os baixos preços dos alimentos, a regulamentação excessiva e os acordos de livre comércio que, segundo eles, os deixam lutando para competir com importações baratas.