O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo declarou que jamais determinou ou induziu a qualquer prefeito de município mato-grossense que impusesse quarentena à população. Em coletiva de imprensa virtual, Gilberto falou que a quarentena é indicada quando o nível de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chega a 80%. Em Mato Grosso, há duas pessoas contaminadas pelo Coronavírus internada em leito da rede pública de saúde. “Eu já disse, quem decide a quarentena em cada município é o prefeito. Eu como secretário nunca determinei ou induzi um prefeito a tomar decisão”, afirmou o secretário.
Na sequência, Gilberto pontuou que suas recomendações sempre foram direcionadas à população para que, quem pode ficar em casa, que fique em isolamento, evite aglomerações e use máscara. “Mas eu jamais fiz menção que nesse ou aquele município devesse que paralisar todas as suas atividades. Essa é uma atribuição legal de direito e está sob a tutela dos prefeitos tomar a decisão no seu território”.
Antes disso, o secretário havia dito que os estudos mostram que Mato Grosso ainda não chegou no pico da doença e que, no momento, a taxa de ocupação de paciente com covid-19 em leitos públicos é baixíssima. “Eu acabei de informar que nós teremos mais de 1 mil leitos disponibilizados até o final do mês. Então, estatisticamente, nós não temos razão para municípios estarem praticamente com tudo fechado, mas isso sempre foi uma decisão individual de cada município. Alguém se adiantou em medidas, vamos dizer assim, exageradas, antes da hora”, criticou.
Neste contexto, Gilberto Figueiredo explicou que as medidas tomadas antes do tempo causarão “estafa” na população, de modo que “quando precisar, essa população já vai estar um pouco relutante em fazer o isolamento necessário”.
O gestor da Saúde em MT, adiantou que na próxima semana fará a divulgação divulgar da capacidade de atendimento do Estado e garantiu que os números não serão ruins. Além disso, disse que o governador Mauro Mendes vai traçar as diretrizes básicas, o que deverá nortear cada município a adotar suas próprias medidas. “Tem município que nem teve um caso, tem áreas que são mais vulneráveis, como é o caso da Grande Cuiabá, enfim, cada prefeito poderá tomar a decisão que melhor convier ao caso”, concluiu.
