Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado nesta terça-feira (15.09) pelo Ministério da Educação (MEC), apontam que o ensino médio na rede estadual avançou em relação aos índices de 2017, passando de 3,2 para 3,4. Nos anos iniciais a média foi de 5,6 e nos anos finais de 4,5.
A secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, ressalta que os resultados obtidos não foram satisfatórios, porém, o ano de 2019 foi de grandes desafios para a Educação. As provas do Ideb foram realizadas no primeiro ano da atual gestão, que passou por uma greve de 74 dias, fator que prejudicou o processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
“Em 2019, a atual gestão recebeu uma Secretaria com R$ 636,8 milhões de restos a pagar de exercícios anteriores, incluindo encargos e pessoal e despesas correntes, o que impossibilitou a capacidade de investimentos naquele ano. No entanto, em dezembro de 2019, já havia pago R$ 430,9 milhões do total de restos a pagar”, explica a secretária.
Com as dívidas pagas, foi possível planejar investimentos, tanto na área pedagógica, como na infraestrutura. Com isso, a Seduc agora passa por uma reformulação e em breve Mato Grosso terá uma grande virada na Educação.
Entre as ações da Seduc está o reordenamento e redimensionamento da rede, visando otimizar espaços físicos e os recursos financeiros e melhorar o atendimento da demanda nas unidades educacionais.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) a educação infantil (atendimento da creche e pré-escola) é de responsabilidade dos municípios e o Ensino Médio é de responsabilidade do Estado. Já o ensino fundamental (do 1º ao 9º ano) deve ser exercido e implementado em regime de colaboração entre Estado e os municípios. Diante disso, a reorganização do atendimento escolar tem sido feita de forma que os municípios atendem os anos iniciais (1º ao 6º ano) e o Estado os anos finais (7º ao 9º) para que possa haver um equilíbrio no atendimento da demanda.
Segundo a secretária, o índice do Ensino Médio é um dos maiores gargalos não somente para a educação de Mato Grosso, mas em todo o país, pois, apesar de terem crescidos em relação a 2017, apenas dois estados atingiram a meta.