Após decisão do Supremo Tribunal Federal, de dar aos Estados e Municípios o poder de gerenciar as questões relacionadas ao combate á pandemia, a festa do superfaturamento teve inicio pelo Brasil.
Respiradores e medicamentos comprados por valores acima da realidade, prefeituras tentando explicar o inexplicável, e uma população assistindo as mortes dos seus entes queridos.
Enquanto isso, nossos políticos se aproveitam da situação para subirem no palanque antecipadamente, sem se importar com as lágrimas daqueles que choram as perdas.
Interessante salientar, que alguns políticos tem a certeza de que não há o mínimo de inteligência na cabeça de seus possíveis eleitores, já que compram equipamentos hospitalares de empresas que são estranhas ao setor de saúde.
Foi o que aconteceu também no Estado do Amazonas, onde o governador Wilson Lima(PSC), decidiu comprar 24 respiradores em uma Adega, isso mesmo, uma casa de vinhos, onde políticos se encontram para degustar os melhores vinhos da região.
Comprar respiradores em uma Adega, é subestimar a inteligência de uma população já cansada de tanta corrupção.
Mas isso não é tudo, os respiradores comprados na loja de vinhos, segundo o Conselho Regional de Medicina do Amazonas(Cremam), não servem para o tratamento contra o Covid, além disso, pasmem, o equipamento que custa cerca de 25 mil reais á unidade em revendedores no Brasil, foi adquirido por mais de 104 mil reais cada.
Mais 4 aparelhos da marca Philips foram comprados na mesma casa de vinhos por 117,6 mil reais, ou seja, quase 3 milhões de reais investidos na Adega, um sobrepreço de 316%.
O procurador-geral do Ministério Público de Contas, João Barroso de Souza, enviou ofício ao governador Wilson Lima (PSC) pedindo explicações sobre a compra.
O governo amazonense declarou que a adega foi escolhida por ter em sua CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) o serviço de importação.
