O município de Tangará da Serra (251 km da Capital), que possui 105.771 habitantes, tem sofrido com uma das secas mais severas dos últimos anos. Desde junho, os moradores convivem com a situação de emergência, porém, cada vez fica mais difícil.
Para abastecer a cidade, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) precisou acionar dezenas de caminhões para fazer o transporte de água captada da Estância Amazonas (Rio Sepotuba), localizada a 13 km da cidade, até a ETA do Rio Queima-pé, na zona urbana do município.
A medida emergencial foi adotada para minimizar os impactos da crise hídrica e garantir o abastecimento da população.
De acordo com o diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), os 21 caminhões disponibilizados para o trabalho – possuem capacidade para transportar uma média de 2.900.000 litros por dia.
Esses veículos foram contratados pelo Samae com recurso da Defesa Civil. Eles captam água do rio e descarregam na Estação de Tratamento de Água (ETA) Queima-pé.
Para conseguir atender toda a população, a Samae faz os escalonamentos de quais bairros receberão água na torneira a cada dia.
A falta d’água causa sérios problemas no abastecimento para o consumo humano e animal, além de suprir a necessidade da produção agropastoril, industrial e comercial do município.
Apesar de ter voltado a chover na região, a água que caiu do céu nos últimos dias ainda não foi suficiente para encher os reservatórios.
No entanto, de acordo com site meteorológico Climatempo, as notícias são boas para cidade. Tangará tem de 80% a 90% de chances de chover todos dos dias neste fim de semana.
Crise hídrica
Tangará da Serra vive essa escassez de água há anos. Em 2016, por exemplo, o então prefeito Fábio Martins Junqueira (PMDB) decretou estado de calamidade no município por conta da falta de água.
À época, Junqueira apontou a escassez de chuva como motivo de esvaziamento do rio Queima-Pé, que serve de fonte principal de abastecimento do sistema de reservatório. Cerca de 95 mil moradores foram afetados.