A UTI Aérea do Governo de Mato Grosso fez o transporte da primeira paciente, nesta quinta-feira (30.04). Uma pessoa que sofre de insuficiência renal aguda foi transferida do município de Confresa (1.180 km a Nordeste de Cuiabá) pela aeronave turbo hélice Chayenne do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), após regulação da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).
Ela estava em tratamento no Hospital Municipal de Confresa e agora ocupará um leito de UTI do Hospital Estadual Santa Casa, na capital. É importante ressaltar que a SES-MT não divulga nome de paciente, nem a imagem, a fim de não expor sua condição e identidade.
As equipes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e do Ciopaer decolaram às 11h desta quinta-feira de Cuiabá. Já no retorno, a decolagem ocorreu às 15h30, com chegada às 17h40, no hangar do grupamento aéreo, em Várzea Grande. Foram duas horas de voo de ida e duas horas de volta, mais o tempo de espera para liberação médica do hospital de origem.
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, disse ser gratificante ver que o serviço de UTI Aérea do Estado de Mato Grosso já começa a beneficiar a população. “Tenho certeza de que esse incremento será muito válido para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), sobretudo em tempos de pandemia. A gestão estadual está ampliando a capacidade de atendimento na área de transporte aéreo e, com isso, dando mais resolutividade e melhor assistência em saúde pública”, avaliou.
De acordo com o coordenador do Ciopaer, coronel PM Juliano Chiroli, a estreia do serviço é motivo de alegria e sentimento de dever cumprido. “É um momento histórico que marca a primeira missão aeromédica no Estado de Mato Grosso, na certeza que muitas outras virão, nos quais faremos um trabalho de excelência, trazendo economia aos cofres públicos, e garantindo um serviço para preservar e salvar vidas”.
Economia de recursos públicos
A atividade de transporte aeromédico foi instituída por meio do Termo de Cooperação Técnica n° 405/2019, firmado entre a SES e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), visando economia aos cofres públicos, já que antes todo o serviço era locado. De acordo com a Secretaria Adjunta de Regulação, Controle e Avaliação, a SES gasta uma média de R$ 1,5 milhões por mês – R$ 18 milhões ao ano – com a contratação do serviço de UTI Aérea e realiza aproximadamente 70 voos mensais.
Atualmente, o Estado paga R$ 21,65 por quilômetro voado e contrata, em média, 70 mil quilômetros por mês. Desses 70 voos realizados por mês, a SES estima que de 20 a 23 sejam substituídos pela aeronave do Estado. Com o incremento, o Governo prevê uma economia inicial de R$ 5 milhões ao ano, com transporte de paciente em situação de emergência.